segunda-feira, 28 de abril de 2014

Rouxinol

Ouça... esta ouvindo?  Este som da natureza, este pássaro canta até mesmo sob este luar, ele me doma me cala, me faz pensar porque, porque nao me junto a ele, e entao abro os olhos,  e me vejo preso, atrás de grades sinto-me como numa gaiola... Por que me abandonaste? Por que fugistes e me deixara aqui? Alias nao é um passaro cantando és tu, cantando para a lua, quero sair desta gaiola mas como o faço, sou fraco, não tenho forças para fugir, pare, chega, venga me ajudar e pare de cantarolar...

Grito " Venha... me ajude..  po..."

Me afogo em meus gritos,  este ar me sufoca sinto que estou só, é como se não houvesse ninguém além de mim num deserto, apenas eu, atravessando este deserto que chamo vida.
O ar está pesado, meus braços e pernas pesam toneladas,  tudo isso para fugir desta gaiola,  desta prisão,  onde me trancaram (ou me tranquei?) E jogaram a chave fora.
Eu grito, gemo, choro,  não há mais o que fazer, eu preso, você a venerar a lua e o mar, tudo ganha e perde o sentido.
Entao noto que parastes de cantar e estar a me observar, como se fosse um estranho,  aliás somos estranhos,  você não me conhece mais,  pois agora tu és livre,  e eu sou um pobre rouxinol negro,  preso,  e ficando sem ar.
Por que me olhas tanto?  Como pôde ganhar a liberdade e esquecer de mim antes vivíamos livres e agora que estou preso finges não me conhecer.
Mas então o dia começa a raiar,  o Sol começa a brilhar,  mas com um brilho tão intenso que me cegas e quando abro os olhos estou de frente a uma gaiola com um pequeno rouxinol branco,  ela é diferente,  estranhamente me observa, esta gritando mas não a entendo,  nunca a vi mas sinto como se tivessemos uma história.

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