Ouça... esta ouvindo? Este som da natureza, este pássaro canta até mesmo sob este luar, ele me doma me cala, me faz pensar porque, porque nao me junto a ele, e entao abro os olhos, e me vejo preso, atrás de grades sinto-me como numa gaiola... Por que me abandonaste? Por que fugistes e me deixara aqui? Alias nao é um passaro cantando és tu, cantando para a lua, quero sair desta gaiola mas como o faço, sou fraco, não tenho forças para fugir, pare, chega, venga me ajudar e pare de cantarolar...
Grito " Venha... me ajude.. po..."
Me afogo em meus gritos, este ar me sufoca sinto que estou só, é como se não houvesse ninguém além de mim num deserto, apenas eu, atravessando este deserto que chamo vida.
O ar está pesado, meus braços e pernas pesam toneladas, tudo isso para fugir desta gaiola, desta prisão, onde me trancaram (ou me tranquei?) E jogaram a chave fora.
Eu grito, gemo, choro, não há mais o que fazer, eu preso, você a venerar a lua e o mar, tudo ganha e perde o sentido.
Entao noto que parastes de cantar e estar a me observar, como se fosse um estranho, aliás somos estranhos, você não me conhece mais, pois agora tu és livre, e eu sou um pobre rouxinol negro, preso, e ficando sem ar.
Por que me olhas tanto? Como pôde ganhar a liberdade e esquecer de mim antes vivíamos livres e agora que estou preso finges não me conhecer.
Mas então o dia começa a raiar, o Sol começa a brilhar, mas com um brilho tão intenso que me cegas e quando abro os olhos estou de frente a uma gaiola com um pequeno rouxinol branco, ela é diferente, estranhamente me observa, esta gritando mas não a entendo, nunca a vi mas sinto como se tivessemos uma história.
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