segunda-feira, 7 de julho de 2014

Desculpas

Desculpe, por favor desculpe-me, não queria que fosses assim, necessito mais de ti do que imaginas, vejo neste teu olhar que sentes também faltas minha. Mas de que adiantas saudades se o orgulho tende a falar mais alto, do que adianta saudades se somos animais que em outrora souberam se amar. Sinto tua falta, sinto tua ausencia, minha companheira de conversas até tarde, minhas confissões, a lua se escondera de mim, as estrelas sumiram de meu céu, estou num breu tão intenso, que não lhe acho, preciso de ti, preciso de tuas palavras novamente, como me desculpar? Sou um mero ser infeliz incubado nisto que chamo de vida, minhas alegrias são tão supérfluas que me enoja, estas risadas que dou são cruas, sem vida, sem sentimento.

Voltes preciso de ti, em vós achei parte de mim, um reflexo de tudo aquilo que passei, um reflexo de tudo que um dia esperei. Sei que erro, erro até demais, espero que entenda, sou um mortal machucado, digo que me recuperei, mas é enganação, é uma historinha, daquelas para boi dormir. Não me sinto bem, não me sinto completo sou novamente uma criança frágil, aliás, será que um dia deixei de ser? Aquela criança chorona, com medo, ainda habita em mim, e está mais vivo do que eu mesmo, meu corpo apodrece, se adoece, e não há nada que me endoidece mais do que não ter você aqui. Conheço muitos lugares, muitos bares, mas nenhum deles me fazem completo, você sempre fará falta, afinal, não é sempre que encontramos alguém que mexa assim contigo.

Saudades de quando a distância não era nada, arranjávamos um jeito de se ver, que fosse por video, fosse por foto, mas não podíamos ficar sem nos ver, o que aconteceu com nós, o que aconteceu comigo, contigo, com tudo o que planejamos? Jogamos fora, junto com nossos podres sentimentos, afinal somos tolos, somos tão medíocres, que me dá vontade de regurgitar tudo que há dentro de mim. Infelizmente teve de ser assim, só espero que minha lua e minha estrela voltem a brilhar, e espero que voltem junto contigo, junto aos teus braços, pois hoje a noite não tem luar e estou sem ti, e noites sem luar, e sem você não são nada, é apenas um breu, uma porta a ida do inferno, da morte.

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